quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Noche Vieja

Bueno... faz tempo que nao escrevo, e o Matthias reclamou que nao to atualizando isso daqui.... entao tá.

Segunda agora, dia 31 do ano passado, eu e o Guerra entregamos uns flyers pela tarde. Baita furada... das 11:30 da manha até quase 5 da tarde, colocamos aproximadamente 3200 flyers nos párabrisas e portas de todos os carros estacionados em um bairro que é tao longe que eu nem sei o nome. Só sei que de lá a gente enxergava o Tibidabo bem de pertinho. Cada um ganhou 15 euros por isso. Sacanagem. Mas fizemos direitinho... colocavamos exatamente como o "chefe" nos pediu... nao colocamos nenhum flyer fora nem nada..... resultado: nao teve tempo suficiente pra botar os 3500 flyers que o cara nos entregou. Resultado disso: o cara ficou de cara, pq nao colocamos todos. Resultado disso: hoje fomos denovo lá encontrar o cara no endereço combinado, pra entregar mais flyers, e o cara nao apareceu... deve ter achado que a gente tava enrolando ele.... enquanto isso, os magrao que jogam a metade dos flyers dele no lixo e nao devolvem nada de sobra pra ele devem estar fazendo ele bem feliz. Detalhe: o cara é um argentino com cara de árabe que dirige um BMW conversível incrível, tem uma loja que compra carros usados e no flyer nao tem o endereço da loja.... e ele marcou com a gente numa rua qualquer, onde nao tem a loja dele......hmmmm..... suspeito, nao?!
Na volta eu ainda trabalhei mais 2 horas lá no locutório.

Mais tarde, fizemos nossa ceia de ano novo. Peru!!! Sim, mas em forma de fatias, em cima de uma fatia de queijo e dentro de duas fatias de pao de sanduiche. Sim, nossa janta foram algumas torradas.
Saímos e fomos até o apartamento da Lara, que é amiga do Cassiano e da Tamara, que tá em Londres e tinha me passado o contato dela pelo msn, por ser uma amiga dela que está aqui. Conheci ela pessoalmente quando chegamos na casa dela, segunda mesmo. Esperamos ela e mais um casal de amigos dela terminarem a janta e saímos na correria pra chegar antes da meia-noite na Torre Agbar, um dos dois pontos principais de Barcelona onde iria rolar uma virada de ano especial, com multidao na rua.
De acordo com uma matéria que eu vi na tarde, pela TV, teria uns dois shows em um palco na rua, com a transmissao do canal 3, uma rede de TV daqui da catalunha. De acordo comigo, que estava lá, a unica coisa que teve foi a iluminaçao especial da torre. Nada de shows, nada de TV....
Uma galera na rua. gente do mundo todo, falando tudo que é lingua, inglusive portugues. Por sinal, os que mais festejavam eram os brasileiros. Faltando em torno de um minuto pra virada, a Torre (um prédio bem alto que de dia é feio pra caramba, parece um supositório) começou a mudar de cor de uma maneira muito bacana, brincando com as posiçoes das luzes que a iluminam. Isso tudo tá filmado, vai estar no próximo capítulo da WebTV Barceloneto. Nos 12 segundos finais da contagem, a torre apagava e acendia inteira, representando uma das tradiçoes "navideñas" da Espanha: as 12 campanadas. Diz a tradiçao que, em cada campanada (em Madri tem uma praça chamada portal do Sol, ou algo assim, onde tem um sino que badala 12 vezes nos 12 ultimos segundos do ano e todas as emissoras de tv da espanha transmitem ao vivo) a pessoa deve comer uma uva e fazer um pedido. ninguém consegue comer todas, pq entre a concentraçao de engolir uma uva, fazer o pedido, prestar atençao no bebum do teu lado, somando a ansiedade em saber se vai dar tempo pra comer a próxima, e querer ver o sino, ou a torre piscando...... todo mundo acaba engasgando lá pela quinta uva.
Assim que terminou a décima segunda campanada, as luzes todas da torre se apagaram, e só as do meio da torre escreveram, em bom catalao: "Feliç 2008!"
Depois de alguns segundos, a iluminaçao da torre voltou pro vermelho e azul habitual. Uns 5 minutos depois, a rua ja tava esvaziando. Uns 10 minutos depois da ultima campanada, a rua já estava praticamente vazia, exceto por um grupo grande de bebuns que estava festejando bastante. Chegamos perto deles e descobrimos o motivo: brasileiros. Cantando o "Adeus ano velho, feliz ano novo".
Tudo isso, as luzes, as campanadas e etc, sem um som de musica, trio eletrico ou batucada que seja. E fogos de artificio entao, nem pensar. Nada. Meio brochante.
Eu, com fome, vi que a Lara e seus dois amigos que estavam juntos com a gente tinham levado um saco grande cheio de uvas, e quase todas tinham sobrado. Nao comi na hora das campanadas, mas comi nesse momento pra enganar a fome. E tavam bem boas.

Seguimos o fluxo de borrachos europeus e fomos ao metro novamente, dessa vez com destino a uma estacao do bairro de Gracia, onde fomos no apto de uns gauchos amigos de uma amiga da Lara. As únicas pessoas dessa festa que a gente conhecia eram a Lara e seus dois amigos, que a gente tinha conhecido pessoalmente há 2 horas, no máximo. Mas tava bacana. Um apartamento lindo, numa zona alta e relativamente nova da cidade, no 9º andar e com uma vista sensacional. Ficamos pouco tempo, logo eu e o Guerra voltamos ao metro e fomos em busca de um atelier no bairro Raval, onde estaria rolando uma outra festa de ano novo. Quem nos convidou pra essa outra foi a Franchiesca e a Shaiene, duas gaúchas gente finissimas que conheçemos por acaso no meio da rua, em Gracia, noutra noite. Demoramos pra achar o lugar, mas valeu. Festa bem bacana, lugar muito legal, pessoas diferentes, música quase sempre boa. Fiquei por lá, conversando com as gurias e as amigas delas, mas o Guerra resolveu dar uma volta. Do nada, pegou o casaco, disse "fui!" e foi.
Algumas horas depois eu vou embora também. Nesse meio tempo, duas italianas me ligaram algumas vezes, mas nao atendi. Me fiz um pouco, pra elas nao acharem que eu sou facil assim (roubei esse pensamento do Pink hehe). Voltei em direçao à casa, de metro. Chegando aqui na estaçao Barceloneta, encontrei o Bernardo, um cara muito legal também, gaúcho, que por um pouco tempo foi meu colega no Kzuka. Ele se perdeu dos amigos e tava muito borracho, mas me chamou pra ir no Lekasbah, o bar onde toda quinta tem show com uma banda brasileira e a gente sempre vai. Devia ser 6 da manha já, mas o bar tava aberto por causa do ano novo. Entramos, sem pagar, e logo já saímos. Tava meio esquisita a festa... Cada um foi pra sua casa.
Quase uma hora depois, o Guerra ainda nao tinha chegado em casa, eu estava sentado no mesmo sofá que tô agora, aqui na sala de casa, de pijama comendo um canelone antes de dormir. De repente, escuto um barulho de chave na porta. Penso: menos mal, o Guerra nao foi levado pela polícia, entao aquelas ligaçoes que nao atendi durante a noite realmente eram das italianas, e nao do Guerra numa delegacia me pedindo socorro.
Com ele, duas gurias. Uma delas eu já conhecia, a Mel, amiga da Vanessa, ambas gaúchas que também conhecemos aqui. A outra, a Sílvia, também gaúcha, amiga da Vanessa, que é amiga da Mel, que conheceu a Sílvia nesse dia 31 mesmo. As duas cataram o Guerra na rua (no bom sentido, pq ele nao tava podre no chao nao.... ou ao menos é isso que ele diz) e vieram até aqui com ele pra gente ver o nascer do sol na beira da praia. E foi o que fizemos.

Claro que isso tudo nao tá no vídeo, mas mesmo assim vale à pena assistir a próxima ediçao. Nem que seja pra ver uma cena do Guerra querendo "se passar" com uma chica européia no meio do metro.

Feliz 2008!

Um comentário:

Anônimo disse...

Caraiiiii veeeeiii tu escrveu muuuito!!!
eheheh meu ta menos 10 graus aqui, ta frio demais!!!!!
to chegando em algumas horas ai em casa meu, vo ver se passo ai hj ainda!
abracao e feliz ano novo pra voces!!